Chanel

Chanel

 

CHANEL, a trajetória da elegância

 

Referência de estilo e elegância, Chanel, atravessa o tempo, e ainda dita a moda. Para quem pensa que a dona de uma das marcas mais caras do mundo nasceu em berço de ouro, está muito enganada. O passado? Bem esse ela reinventou várias vezes.

A história de Chanel começa em 19 de agosto de 1883, ela nasceu em Saumur, seu pai não estava presente, ele era comerciante itinerante, e sua mãe tinha apenas 19 anos, eles também não eram casados. Mais tarde eles viriam a se casar e ter mais quatro filhos, irmãos nos quais Chanel viria pagar para que eles simplesmente desaparecessem. Perdeu a mãe aos doze anos, seu pai desapareceu, ela foi educada em um orfanato de irmãs de caridade. Corria em suas veias um temor enorme que sua bastardia fosse descoberta. Embora seus pais tivessem se casado pouco depois dela ter nascido, Gabriella jamais conseguiu conviver com a verdade e passou toda a vida adulta reinventando a sua história. Foi para o tumulo como Gabrielle Chasne, não que Chanel não fosse o seu verdadeiro nome, mas para corrigir o erro ortográfico do escrivão era necessário desvendar o seu o passado e assumir para todos que ela tinha nascido em um hospital de indigentes.

Passou a vida rompendo com pessoas que conheciam pequenos detalhes de sua história que não se encaixasse com a romance que ela havia criado mesmo depois que ficou famosa, quando já se sabia tudo a seu respeito, sua renda, seus casos de amor, seu gosto, seus sucessos suas dores, mesmo assim ela continuava mentindo.

“Meus amigos, não tenho amigos.”

Mesmo não sendo de uma linhagem nobre a misteriosa moça se tornou sinônimo de emancipação e informalidade feminina, suas roupas vestiam uma mulher que tem pressa, comprimento curto para andar mais rápido, maleabilidade para se inserir na sociedade,

"A roupa deve ser, antes de tudo, cômoda e prática. É a roupa que deve adaptar-se ao corpo e não o corpo que deve deformar-se para adaptar-se à roupa".

Chanel, na época em que as mulheres para se livrarem dos corpetes tinham que ir até as ruas, praças e galerias distribuírem panfletos dizendo como as suas roupas eram desconfortáveis, e mostrar a necessidade de mudar esta etiqueta, Chanel criou e usou, roupas confortáveis, ela usava os paletós de seus amantes e calças para montar. A sua coragem era tanta que mesmo quando já era sinônimo de elegância Chanel usava uma camélia como enfeite, flor que identificava também as cortesãs de luxo. Ela montou o estilo de uma mulher com um trajes mais esporte, algo maleável.

“A moda virou uma piada. Os designers se esqueceram que existe mulheres dentro das roupas. A maioria das mulheres se veste para os homens e quer ser admirada. Mas elas também precisam andar, entrar num carro sem arrebentar a costura! Roupas têm que ter uma forma natural.”

Amor? Bem isso não faltou na sua vida, mas para uma mulher como ela, digamos que a moda era sua verdadeira paixão, o trabalho seu vício e independência seu nome, e com certeza não era essa as melhores características de uma moça para aquele tempo. Mas Chanel teve vários amantes, chegou a namorar dois homens ao mesmo tempo com um deles financiando-a. Até no amor Chanel não correspondia as mulheres de seu tempo, sem grandes apegos ela teve vários amantes que depois ficariam seus eternos amigos. Nenhum homem realmente conseguiu domesticar esse gênio da moda, mas nenhum ser é tão impermeável assim, afinal uma das marcar de Chanel era o uso do preto, quando perguntavam o porquê disto ela respondia “Quando Boy morreu resolvi que o mundo vestiria luto por ele”.

Ser uma Chanel não deve ser fácil, mas com certeza esfuziante, mulher de gênio difícil, respostas venenosas e habilidade natural de se vestir, ela com certeza deixou para nos um exemplo de determinação e um limite invisível nos sonhos femininos.

 


 

Besos

                                       Louise C.